sexta-feira, 31 de julho de 2009

Brasiliense começa vida nova

A era Roberval Davino chegou ao fim no Brasiliense. Começa a de Heriberto da Cunha, um verdadeiro andarilho no futebol tupiniquim. Ele desembarcou, ontem, no Serejão, disposto a tirar o time amarelo da situação crítica em que se encontra na Segundona do Brasileiro.

O alagoano Davino pediu o boné após a quinta derrota consecutiva do Jacaré, em Florianópolis, diante do Figueirense, por 3 x 1. Os jogadores estão com o moral em baixa por causa dos últimos resultados, que os colocaram na 10ª colocação.

No primeiro dia, o novo comandante do Brasiliense comandou o treino da tarde no Serejão, após as apresentações de praxe.

Reproduzo, neste espaço, a entrevista que Heriberto da Cunha concedeu a Filipe Matoso, do Clube do Esporte.

Qual é o seu conhecimento do elenco?

HC: Eu não conheço muito bem, mas conheço. Apenas sei por alto a forma com que o grupo vem trabalhando.

O senhor pensa em trazer reforços?

HC: Olha, sempre que chega um treinador novo, a expectativa é a de que cheguem reforços. Eu não tenho nenhum nome em mente. Não pretendo, por enquanto, trazer reforços e quero primeiro avaliar como estão os jogadores que hoje jogam no Brasiliense. Caso eu perceba que há uma necessidade de contratar, aí, com certeza pedirei. Se não houver, trabalharei com os mesmos que estão aqui.

No ano passado, o Brasiliense trocou de técnico mais de cinco vezes e escapou da Série C por apenas três pontos. Como o senhor enxerga essa bola de neve na troca de treinadores?

HC: Nenhuma mudança é prevista. É feito um planejamento no início do ano. Se ele não dá certo, a diretoria troca aqueles em que ela acha ser necessário, seja jogador, treinador ou comissão técnica. Eu acredito que após cinco derrotas, estava, sim, no momento de haver essa troca.

Qual a sua expectativa para a Série B com este time?

HC: Eu não trabalho pensando em título, em G4, e sim, em me distanciar dos últimos colocados. Afinal, entro numa situação intermediária. Eu sempre trabalho com um objetivo traçado: três vitórias em cinco jogos.

Como foi a sua primeira conversa com o elenco?

HC: Uma conversa de motivação. Eu gosto de mostrar aos jogadores o meu perfil, como trabalho e como pretendo administrar a equipe. Mostrei a eles também que somente eles têm a capacidade e obrigação de reverter esta má situação. Falei também que eles têm que mudar o quadro, têm que esquecer o passado e olhar só pra frente.

O time do Roberval Davino já tinha uma certa base, jogava no 3-5-2. Você pretende mantê-la ou colocar o time do jeito que você acha melhor?

HC: Eu pretendo utilizar todos os jogadores. Disse a eles que o leque está aberto e todos têm condições iguais de serem titulares. Irei montar a equipe da minha forma, aquela em que eu confio mais. Mas, de jeito algum vou chegar aqui e mudar drasticamente o time. Vou mudando aos poucos, de acordo com o que eu ver no treinamento.

Com você, quem mais chega para a comissão técnica?

HC: Trouxe comigo o preparador físico Alexandre Irineu. Ele já trabalhou comigo e a gente não tem mais tempo para montar uma comissão. Na minha opinião, o prazo pra já estar tudo estabelecido é de uma semana.

Em relação ao contrato, até quando?

HC: Contrato de treinador é enquanto o time estiver vencendo (risos).

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