segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Pelo título Falcão aceita abrir mão da magia

Não foi apenas por marcar gols decisivos na campanha do Brasil pelo terceiro lugar que Alessandro Rosa Vieira, o popularíssimo Falcão, foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de Futsal da FIFA China Taipei 2004. Também não é somente por ter um papel decisivo nas vitórias brasileiras que o ala de 31 anos é idolatrado tanto no país como no exterior.

O que faz de Falcão um jogador diferente dos demais é sua capacidade de inventar chapéus, dribles, toques de calcanhar e outras jogadas geniais e improváveis em plena partida. Diante do Mundial que a Seleção disputa em casa, a estrela brasileira, porém, deixa claro: se for necessário esquecer a magia em nome do pragmatismo para conquistar o troféu, é isso que ele fará.

“É o título que desejo acima de tudo. Se eu tiver que jogar feio nos nove jogos para levantar a taça, assim será. Mas eu acredito que podemos conciliar as duas coisas: jogo bonito e mentalidade vencedora”, declarou Falcão.

"O futsal do Brasil é naturalmente bonito e ninguém tira isso de nós, mas jogaremos com a vitória como o nosso objetivo primordial. Sabemos que haverá momentos neste Mundial em que vencer por 1 x 0 será mais do que suficiente," analisou o número 12.

No dia 6 de setembro, Falcão mostrou que tipo de mágica é capaz de fazer sem deixar de ser decisivo e objetivo: no jogo final da liga de futsal do Brasil, ele marcou dois gols na vitória por 6 x 2 diante da Ulbra, que garantiu o título ao Jaraguá. Um deles foi uma impressionante bicicleta que ele fez da metade da quadra. Uma obra de arte que, além de um incrível efeito estético, resultou em gol.

"Nos últimos anos, aprendi muito sobre como utilizar minha capacidade de driblar e criar jogadas diferentes. Nos momentos que realmente exigem uma ação desse tipo, utilizo minha habilidade, mas na Copa do Mundo nosso foco é na marcação, na dedicação, em ganhar jogos. Quando a situação pedir uma jogada individual, então farei isso sem restrições," afirma ele.

E concluiu: “Qualquer jogador, de qualquer modalidade, é um privilegiado se consegue jogar uma Copa do Mundo em seu país. Esperamos conquistá-la”.

Na teoria, o pragmatismo de Falcão e da Seleção Brasileira está muito claro. A pergunta é se a torcida no Rio e de Brasília está preparada para isso. "Sabemos que existe uma expectativa no país: as pessoas acreditam que todo jogo do Brasil será um show e isso coloca mais pressão sobre nós," admite o goleador.

"Mas, é claro, os benefícios de jogar em casa com o apoio de nossos fãs contam muito mais. Qualquer atleta, de qualquer modalidade, é um privilegiado se consegue jogar uma Copa do Mundo em seu país. Esperamos conquistá-la."

Nenhum comentário: