segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Geração encabeçada por Falcão tem última chance

Uma geração de craques, mas sem título mundial. Os principais jogadores da seleção brasileira de futsal terão uma última chance para não ficarem com esse rótulo. A hegemonia do esporte está com a Espanha, atual bicampeã.

Quando os brasileiros levantaram a taça pela última vez, em 1996, Falcão tinha 19 anos. Ele fez parte da seleção que perdeu a final em 2000 e foi artilheiro e eleito o melhor do mundo em 2004, mas não evitou a queda na semifinal, novamente diante da Espanha. Hoje, aos 31 anos, ele considera esta Copa no Brasil um divisor de águas. Se perder, deverá dar adeus à camisa canarinho.

Outros sete jogadores fazem parte da mesma geração de Falcão: os goleiros Rogério (de 35 anos) e Frankin (37), o fixo Schumacher (33), os alas Marquinho (33) e Vinícius (30) e os pivôs Betão (30) e Lenísio (31). É o último que resume o sentimento desse grupo mais experiente:

“Queremos entregar a seleção da mesma forma como a recebemos, como campeã mundial”, disse, consciente da renovação que deverá começar após a Copa do Mundo.

O fracasso nas duas últimas edições, tem como culpados o individualismo e a arrogância, segundo os jogadores. Lenísio, por exemplo, prefere nem citar um time mais perigoso na primeira fase, temendo dar a impressão de desrespeito aos demais. Além do Japão, o Brasil enfrenta a perigosa Rússia e as inexpressivas seleções de Cuba e Ilhas Salomão.

Falcão acha que antes a seleção chegava ao Mundial querendo apenas saber contra quem faria a final. Hoje, segundo ele, há um espírito coletivo e todos se cobram o tempo inteiro. “O medo de perder fez a nossa seleção melhorar”, afirmou o craque. “Hoje todos marcam. Nesses últimos quatro anos, tomamos poucos gols. E vibramos muito com um desarme. Às vezes, vibramos mais com um desarme do que com um gol”.

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