Inventor do futsal, (embora exista uma teoria que afirma que o esporte foi inventado no Uruguai), o Brasil continua bastante presente na atual edição da Copa do Mundo, que começa nesta terça-feira e será disputada até o dia 19 de outubro em Brasília e no Rio de Janeiro.
Dos 279 jogadores inscritos na competição (a Líbia trouxe somente 13 atletas dos 14 permitidos), 35 são nascidos no Brasil (12,5%). Nesse número estão inseridos os 14 que atuarão pela Seleção Brasileira.
Agora, se for levado em consideração os técnicos, esse número aumenta para 37, de um total de 299 (12,3%). Ou seja, dois times e meio da Copa do Mundo são compostos por atletas e técnicos que nasceram no Brasil.
O caso mais superlativo é da Itália, atual vice-campeã mundial. Todos os 14 jogadores são brasileiros naturalizados italianos. Somente o técnico nasceu no país de origem.
Na Espanha, atual bicampeã do mundo, dos três brasileiros que defendem as cores do país, um ocupa uma posição de destaque. O pivô Marcelo dos Reis Soares fez o gol que confirmou a vitória da última Copa do Mundo contra a Itália em 2004, e é uma das armas da Fúria em busca do tri.
No grupo do Brasil, dois dos quatro adversários da seleção brasileira contam com brasileiros no seu elenco. A Rússia conta com o ala Caetano Pereira, mais conhecido como Pula, e com o pivô Cirilo Cardozo Filho, chamado de Cirilo na Rússia.
Já no Japão, adversário do Brasil na estréia da competição, o comandante é o brasileiro Sérgio Sapo. E o mais experiente do grupo é o brasileiro Ricardo Higa, ou Rikarudo, para os japoneses. Ele confessa que a proposta financeira é levada em conta para um jogador na hora de ir para o exterior.
"Financeiramente vale a pena. Os que não conquistaram espaço aqui foram fazer isso em outros países. É a prova da qualidade que tem o brasileiro e a facilidade que tem para praticar o futsal", decretou.
Já o carioca Sergio Sapo, que foi para o Japão em 2003 a convite de Zico, disse que pensa em voltar para o Brasil após a Copa do Mundo, mas o seu retorno vai depender de alguns fatores.
"Claro que penso em voltar, mas para isso teria que ter algo em vista. É muito difícil viver deste esporte no Brasil. Por isso, a gente acaba buscando melhores condições de vida lá fora", disse o brasileiro, que mora no Japão com a mulher, enquanto seus dois filhos vivem no Brasil.
Brasileiros que atuam por outro país no Mundial
- Japão (2): Rikarudo Higa (Ricardo) e Sérgio Sapo (técnico)
- Rússia (2): Caetano Wagner Pereira (Pula) e Cirilo Cardozo Filho (Cirilo)
- Estados Unidos (1): Denilson Cabral
- Itália (14): Alexander Feller, Darley Grana, Anderson Vasconcelos, Douglas Corsini, Cleyton Baptistella, Edgar Rocha, Marcio Forte, Saad Assis, Fabiano Assad, Adriano Foglia, Carlos Eduardo Oliveira, Caio Lucio Farinha, Sandro Zanetti e Patrick Nota
- China (1): Farinha (técnico)
- Espanha (3): Marcelo dos Reis Soares, Fernando Maciel Gonçalves e Daniel Ibanez Caetano
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário