quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

São Paulo recorre a currículo e ironia

Desde que o São Paulo empatou em casa com o Fluminense, adiando a decisão do título brasileiro, e o Grêmio derrotou o Ipatinga, a pressão pelo título deixou o Olímpico e se instalou no Morumbi.

Para dissipar a desconfiança, o zagueiro André Dias apelou para dois fatores: a experiência do time em decisões recentes e a aplicação tática que permitiu ao time arrancar da zona intermediária no segundo turno para ocupar a liderança na tabela.

"O São Paulo é um time que está acostumado a ganhar títulos e tem jogadores com experiência. Não é por causa de um empate que tudo vai mudar agora", comentou o zagueiro.

Ele se baseia nos títulos importantes que chegaram ao Morumbi nos últimos três anos. Depois da Libertadores e do Mundial de Clubes, conquistados em 2005, o São Paulo arrebatou também os Brasileiros de 2006 e 2007.

Integrante da segunda melhor defesa do Nacional (36 gols tomados) - perde apenas para o Grêmio, que tomou um a menos, André Dias falou sobre o bom momento do setor, mas dividiu as responsabilidades.

"Nossa defesa é forte, acho bom verem dessa forma, mas a responsabilidade não pode ficar em mim, no Miranda e no Rodrigo. Seremos campeões se não levarmos gol, mas isso depende do esforço de todo o time", comentou o jogador.

Na guerra de nervos que tomou conta dos dois times nesta semana decisiva, o volante Hernanes falou que o elenco não pode ficar preocupado com declarações polêmicas.

Ao ser questionado sobre o discurso do técnico Hélio dos Anjos, que dá como certa a vitória do Goiás sobre o São Paulo, ele usou de ironia ao retrucar.

"Se ele fosse profeta, até acreditaria. Mas o profeta está do nosso lado. Quem vai fazer a história do jogo são os jogadores que vão buscar os seus objetivos", comentou.

Ontem no treino, o técnico Muricy Ramalho realizou um trabalho de dois toques e deu ênfase aos cruzamentos e também às finalizações.

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