sábado, 28 de fevereiro de 2009

Placar igual não fez justiça ao Jacaré

Meninos, assisti o duelo do Ceilândia com o Brasiliense. Não achei que o placar de 1 x 1 foi justo. O Jacaré teve maior volume de jogo, soube empurrar o Gato para o seu campo. Além disso, apesar de não estar totalmente recuperado de uma contusão, o meia Iranildo fez toda a diferença. Ele cobrou faltas, geralmente precisas, escanteios e saiu porque estava cançado.

Tudo bem que o Ceilândia, reconhecendo suas próprias limitações, jogou fechado, com uma marcação forte, a partir do seu meio-campo. No seu gol, marcado pelo eterno artilheiro Cassius, o anfitrião teve sucesso no contra-ataque. O gol do visitante, marcado pelo garoto Diogo, de cabeça, no segundo tempo, apenas fez justiça àquela altura dos acontecimentos.

Extra-campo, não gostei e reprovo algumas atitudes. A primeira delas do sempre educado Jean Cláudio, que conheço de longas datas. No meu entendimento, ele tem sido influenciado negativamente pelos dirigentes do seu clube e pagou, pelo menos hoje, um preço caro por sua atitude emtempestiva. Ele não tinha o direito de reclamar do assistente da forma como o fez.

Segundo, o dirigente, cujo nome não merece sequer ser citado, que atravessou meio campo para criar confusão com a arbitragem. E isso não é tudo: o tal diretor jogou, literalmente, os jogadores contra o árbitro. O goleiro Ricardo peitou o apitador, cuspiu na cara dele, soltou palavrões, tumultuando o bom andamento da partida. Como resultado da confusão, a partida ficou cinco minutos paralisada. Uma lástima.

No lance do pênalti marcado a favor do Brasiliense, também concordo com o ex-árbitro Edson Resende: não houve a penalidade. Porém, é necessário que se diga - naquele tipo de lance, todo árbitro aponta a marca da cal. Vendo pela televisão, o zagueiro do Ceilândia não cometeu a falta. Iranildo, no alto de sua experiência, se jogou e obrigou o árbitro a assinalar o pênalti. Errar é humano, mas o que não pode - e isso é injustificável -, é dirigente invadir o campo, é treinador reclamar exageradamente do assistente e goleiro peitar o dirigente da partida.

Não acredito que as pequenas dimensões do gramado do Abadião tenha influenciado negativamente o Brasiliense, que é um time técnico, que toca sempre de primeira, que tem esquema de jogo. O Ceilândia igualmente deixou de realizar suas jogadas, porque os espaços eram reduzidos. Se analisarmos o duelo pelo lado da estatística, veremos que o time de Reinaldo Gueldini foi infinitamente superior. É só analisarmos os escanteios, os chutes a gol, as bolas na trave.

Com o resultado de hoje, o Jacaré permanece na ponta da tabela, agora com quatro pontos à frente. Se o vice-líder Dom Pedro derrotar o Gama, amanhã, na Arena Bezerrão, ele ficará um ponto atrás do líder. Em outras palavras, o time pode viajar tranquilo para cumprir sua obrigação em Macapá, a capital do Amapá, quarta-feira, diante do Cristal, pela Copa do Brasil. Certamente o Jacaré será um dos participantes das semifinais do campeonato.

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