segunda-feira, 22 de junho de 2009

Universo se impõe em casa diante do Fla

Com o apoio da sua torcida, equipe segura o Flamengo e força a quinta partida

Bem que os torcedores do Flamengo desejavam festejar, ontem, o bicampeonato brasileiro de basquete. Estava tudo pronto para a comemoração, mas o Universo estragou a festa rubro-negra. A decisão, então, fica para a quinta e decisiva partida, a ser disputada no Rio de Janeiro.

A torcida do Flamengo dividiu as arquibancadas do Nilson Nelson com a do Universo, mas não foi o suficiente para o Rubro-Negro fechar a série, ontem, e garantir o título do Novo Basquete Brasil.

A vitória dramática do time da casa, por 82 x 78, só veio na prorrogação, mas garantiu a sobrevivência no torneio. Com o duelo empatado em 2 x 2, o campeão do Novo Basquete Brasil vai sair neste fim de semana, provavelmente sábado.

Em confronto disputado do início ao fim, Brasília e Flamengo corresponderam à festa dos 16 mil torcedores que lotaram o ginásio Nilson Nelson. No último período, tudo igual, 70 x 70. Na prorrogação, a equipe da casa se impôs, controlou o jogo e se manteve viva no NBB. Mais viva do que nunca.

“Foi tudo muito equilibrado. A gente ganha aqui e eles ganham lá. Acho que nos preparamos mais durante a semana. Principalmente no aspecto psicológico. No Rio, quem jogar melhor ganha”, analisou Valtinho, autor de sete pontos e cinco assistências.

Alex liderou o Brasília com 16 pontos. Arthur e Mineiro contribuíram com 14 pontos cada, sendo que este último foi fundamental no terceiro quarto, quando o time voltou para o jogo e evitou que o Flamengo abrisse vantagem. Pelo lado rubro-negro, Marcelinho foi o cestinha, com 24 pontos, seguido pelos 15 de Jefferson e os 14 de Baby.

Ao fim da derrota, Marcelinho chamou os companheiros para uma corrente e lembrou que a melhor campanha na competição ainda é do Flamengo. Em seguida, reclamou da arbitragem.

“O Brasília está de parabéns pela vitória. Só espero que a arbitragem use o mesmo critério lá no Rio. Aqui, todas as bolas divididas foram para o Brasília”, criticou o ala do Fla.

Meia hora antes de o jogo começar, o clima já era de total rivalidade no Nilson Nelson completamente lotado. A torcida do Brasília, munida de bastões infláveis, fez um barulho ensurdecedor quando o time entrou em quadra, com direito a fumaça branca na saída do vestiário.

Do outro lado, os rubro-negros respondiam ocupando quase a metade das arquibancadas e cantando sem parar. A empolgação era tanta que até, na hora do Hino Nacional, a torcida do Fla continuou cantando o do clube.



Ao fim do hino, os 10 protagonistas da festa foram para o jogo. E o Flamengo logo pulou na frente, abrindo 7 x 0. Aos poucos, o time da casa colocou a cabeça no lugar e passou à frente com uma cesta de Cipriano.

Dali em diante, o placar ficou equilibrado até o fim da parcial, que terminou empatada em 22 x 22. Até ali, os craques decidiam: de um lado Marcelinho, com nove pontos, e do outro Alex, com oito.

O início do segundo quarto foi de provocação mútua entre as torcidas e muitos erros dos atletas em quadra. No intervalo, o equilíbrio persistia, com o Fla vencendo por apenas um ponto (34 x 33), mas desta vez com o jogo pautado pelas falhas.

Cada time tinha nove desperdícios, e os aproveitamentos nos chutes de três eram pífios (1/12 para os donos da casa e 1/14 para os visitantes).

Na volta do vestiário, o Universo tratou de evitar que se repetisse a história do jogo 3, quando o Flamengo venceu a parcial por 32 x 7.

Impulsionado pelas cestas de Arthur, o time da casa não só virou o placar como abriu oito pontos de vantagem, forçando o técnico Paulo Chupeta a pedir tempo. Para conter a reação do Fla, o pivô reserva Mineiro foi fundamental. Ele aproveitou os espaços no garrafão e passou a chamar a responsabilidade.

Os dois times voltaram a jogar bem, acertando os arremessos, e o equilíbrio se manteve na virada para o último período. Com o cronômetro em 3s, tudo igual no placar: 70 x 70. Alex andou com a bola e desperdiçou a chance do Universo. Na sequência, Jeferson tentou um arremesso de três, mas não deu. Prorrogação no Nilson Nelson.

Com a cabeça no lugar e a torcida apaixonada gritando o tempo todo, o Universo conseguiu controlar os nervos e a pressão rubro-negra. Impulsionado por Alex, o time da casa abriu cinco pontos e administrou a vantagem até o fim.

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