domingo, 28 de junho de 2009

Fla encerra temporada gloriosa com título

Não foram poucos os problemas que bombardearam o Flamengo ao longo do caminho: salários atrasados, conflitos políticos no clube e dificuldades até para conseguir um teto.

A resposta é que sempre foi uma só: a bola. Para fechar de forma gloriosa uma temporada marcada pela superação, o Rubro-Negro derrotou o Universo esta manhã, por 76 x 68, e levantou o troféu do Novo Basquete Brasil diante de quase 16 mil torcedores apaixonados.

O título do NBB é o ponto de exclamação em uma trajetória que inclui ainda o Estadual do Rio e a Liga Sul-Americana, conquistada em março, no auge da crise financeira. Ao longo da estrada, os percalços foram driblados dentro e fora da quadra.

Com os salários de volta ao ritmo normal, a equipe celebra também o sucesso do novo lar, a Arena da Barra, que vivenciou uma euforia como não se via desde 2007, nos Jogos Pan-Americanos.

O personagem que une o Pan e o NBB é Marcelinho Machado, que estava no ginásio há dois anos, pela seleção, e agora conquista o segundo título nacional seguido com a camisa do Flamengo.

Cestinha do campeonato, ele é o símbolo de um elenco reforçado por Baby e Jefferson, que se uniram este ano a Hélio, Duda, Fred, Coloneze, Wagner, Fernando Mineiro e outros nomes comandados pelo técnico Paulo Chupeta.

A partida começou com o Universo errando muito e o Flamengo abrindo 4 x 0. Com dois minutos de jogo, o tumulto. Cipriano fez falta em Marcelinho, e Baby foi tomar as dores do companheiro. O empurra-empurra quase descambou para a pancadaria, e a arbitragem teve que usar o físico para conter os ânimos dos atletas.

Cipriano e Baby foram expulsos, mas demoraram quase 15 minutos para deixar a quadra. Após muito bate-boca entre jogadores, árbitros e técnicos, a partida recomeçou, e aí foi a torcida que tratou de incendiar o ginásio, festejando a cesta de três de Jefferson que abriu 7 x 0 para o Rubro-Negro.

Quando parecia que o Fla ia deslanchar, Valtinho botou a bola embaixo do braço e comandou a reação dos visitantes. Entre cestas e passes do armador, o Brasília empatou o placar e equilibrou as ações até o fim do primeiro quarto, em 19 x 17 para o time da casa.

No segundo período, o Flamengo voltou melhor e novamente emplacou uma sequência de 7 x 0, até Diego descontar com uma cesta de três. Sem a marcação de Alex, que já tinha três faltas, Marcelinho brilhou.

Comandado pelo ala, o Rubro-Negro chegou a abrir 11 pontos, mas o rival se reencontrou e foi para o intervalo perdendo por seis.

Na volta do vestiário, os visitantes apertaram o placar, impulsionados pelos chutes certeiros de Diego. Alex cometeu sua quarta falta, mas Lula Ferreira o manteve em quadra, mesmo pendurado.

A vantagem do Fla subiu de novo para seis com uma cesta de Marcelinho, que tinha feito 18 pontos no primeiro tempo, mas levou nove minutos para marcar no terceiro quarto. Na virada para o último período, o placar era de 57 x 51.

Apesar de Rocky Balboa na trilha sonora da Arena, os ânimos foram se acalmando desde as expulsões de Baby e Cipriano. O Universo não deu moleza na marcação, e o Flamengo tinha dificuldades de abrir vantagem. Mesmo assim, controlou o jogo até a sirene final, para o delírio da torcida que cantou sem parar na Arena. Domingo de festa em vermelho e preto.

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