Bernardinho leva cartão amarelo, seleção passa sufoco e vence no tie-break.
Era o reencontro de Giba e Rodrigão com a agora renovada Seleção Brasileira e as sempre carinhosas fãs. A "braçadeira" continuava com Murilo, inspirado nesta sexta-feira, mas foi a experiência dos antigos capitães que se fez valer no ginásio Nilson Nelson, contra um perigoso adversário.
Bernardinho tinha dado o alerta. Como de costume, o treinador ficou tenso. Esbravejou, discutiu. Viu seu time conquistar, com dificuldade, a terceira vitória em três jogos na Liga Mundial.
Depois de passar duas vezes pela Polônia, em São Paulo, o Brasil derrotou a Finlândia por 3 sets a 2 (25/22, 26/28, 25/16, 23/25 e 15/9). As equipes voltam a se enfrentar neste sábado, no mesmo local, às 10h (de Brasília).
Thiago Alves e Sidão deram lugar à veterana dupla. No primeiro set, a Finlândia se manteve na frente até o quinto ponto, quando Rivaldo, explorando o bloqueio, empatou a partida. O sexto dos brasileiros foi o primeiro de Giba, em um ataque pela esquerda.
Embalado, ele foi para o saque e conseguiu um ace. Rodrigão se animou. O meio-de-rede, que até então não tinha pontuado, subiu em um bloqueio triplo e marcou. A seleção passou à frente pela primeira vez (13 a 12) quando Giba e desviou de uma bola de saque que ia para fora.
Foi um pouco antes de os finlandeses pararem o jogo para reclamar “bola fora” em um ataque dele. O árbitro, corretamente, deu ponto para o Brasil.
No tempo técnico, Bernardinho orientou Rodrigão a ir mais para o meio. A dica deu certo. Foi dele o ponto (20º) que pôs a seleção de volta à liderança, num momento em que a Finlândia ameaçava.
O treinador brasileiro chamou, então, Leandro Vissoto, de 2,12m, para entrar em quadra. Parecia prever o que estava por vir. Primeiro, Murilo encarou um bloqueio triplo e deu ao Brasil o set point. Depois, Rodrigão levou uma bolada no ombro, mas salvou um forte ataque. Quando a bola voltou para o lado brasileiro, Vissoto não perdoou e fechou o set.
No segundo, foi necessário correr atrás. O tempo todo. A vantagem da Finlândia chegou a quatro pontos em alguns momentos, mas o time de Bernardinho não se rendeu. O nono ponto, quando os rivais tinham 11, resumiu o espírito da equipe: Murilo e Giba mergulharam no chão para não perder o contra-ataque, e Rivaldo explorou o bloqueio triplo no ataque.
Logo depois, Giba fez o mesmo, porém usando mais jeito do que força em uma linda jogada para fugir do paredão. Murilo errou um ataque crucial, mas se redimiu depois com um ace e, em seguida, por pouco não empatou o jogo – sacou para fora.
O mérito do empate (em 21) foi de Rivaldo. E coube a Rodrigão levar o time à virada, em 22 x 21, novamente explorando um bloqueio. A seleção, no entanto, desperdiçou três set points. Lucão, com um ataque para fora, deu aos rivais uma chance de fechar. E o meio-de-rede errou de novo, encerrando o set.
Bernardinho e o técnico da Finlândia, Mauro Berruto, não paravam de discutir no terceiro set e foram punidos pelo árbitro com cartões amarelos.
Ele aproveitou, então, para checar se os rodízios das equipes estavam corretos, o que deixou a partida paralisada por alguns minutos. Quando a bola voltou a subir, Rivaldo bateu forte nela e fez 7 x 5.
O Brasil se animou, porém os finlandeses não permitiam que a diferença passasse dos três pontos. Mas foi só até o 17º ponto. A vantagem subiu para sete quando Rodrigão estava no saque. Depois, chegou a oito. Lucão, que tinha dado a vitória do segundo set à Finlândia, conseguiu o set point. E Murilo voou em um ataque para fechar em 25 x 16.
O Brasil voltou à quadra mais aliviado. Faltava um set para vencer. A Finlândia, porém, deixava claro que estava disposta a levar o jogo para o tie-break. Como no lance em que Hietanen correu quase até as arquibancadas para evitar um ace de Murilo. O finlandês não conseguiu, e a seleção virou em 14 x 13.
O capitão voltou a pontuar, e ajudou a equipe a se manter na liderança até 19º ponto, quando a Finlândia virou pela primeira vez. Os meninos de Bernardinho relaxaram nos bloqueios e viram os rivais empatarem o jogo.
Assim como no quarto set, a Finlândia não se entregou no desempate. Valente, lutou para não deixar a diferença brasileira aumentar. Mas a seleção abriu seis pontos (13 x 7) em dois erros bobos dos rivais – primeiro, deram quatro toques; depois, jogaram uma bola para fora - e manteve a liderança até fechar. Pela nova regra, o vencedor de um jogo que vai para o tie-break leva apenas dois pontos, e não três. O perdedor ganha um.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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